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Regra que obriga o poder público a fornecer informações solicitadas pelos cidadãos entra em vigor na quarta-feira
Até a sexta, só 23% de 52 órgãos consultados haviam criado local próprio para receber os pedidos da população
RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA-FOLHA DE SÃO PAULO
A três dias da entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, ministérios, órgãos e estatais correm para colocar em funcionamento as salas de atendimento ao público, uma exigência legal.
A lei, sancionada em 18 de novembro do ano passado, regulamenta o acesso a informações públicas e sigilosas.
A partir de quarta, quando ela entra em vigor, os órgãos terão prazos definidos para responder aos pedidos, e o servidor que descumprir a lei poderá ser punido -pode até sofrer processo por improbidade administrativa.
Os efeitos da lei se estendem aos três Poderes da União, Estados e municípios.
Segundo a lei, os órgãos devem colocar em funcionamento os SICs (Serviços de Informações ao Cidadão), que devem ter "condições apropriadas" para acolher os pedidos e orientar o público sobre o acesso a informações.
De acordo com o governo, uma sala com cadeiras, recepcionista e identificação visual própria, onde a pessoa pode protocolar seus pedidos e receber as respostas.
De 52 órgãos do Executivo, Judiciário e Legislativo, bancos e empresas públicas consultados pela Folha na semana passada, apenas 12 (ou 23% do total) declararam que seus SICs já estavam abertos e em funcionamento.
Quatro deles, na verdade, são setores que já existem há anos, como a Ouvidoria do TCU (Tribunal de Contas da União) e a Central do Cidadão do Supremo Tribunal Federal, agora com novas funções.
RETA FINAL
A maior parte dos órgãos consultados (37), incluindo a Presidência da República, promete colocar em atividade seu SIC no dia em que a lei entrar em vigor. A Câmara dos Deputados e o Senado também prometem abrir as salas na quarta-feira.
O governo federal anuncia ainda que vai inaugurar um sistema informatizado que permitirá ao cidadão, pela internet, protocolar e acompanhar os pedidos e receber as respostas e os alertas sobre os prazos dos recursos dos pedidos indeferidos. O sistema, batizado de "e-SIC", deverá entrar no ar no dia 16, hospedado no site da CGU (Controladoria Geral da União) na internet.
"SENSIBILIZAÇÃO"
Coube à diretora de Prevenção da Corrupção da CGU, Vânia Lúcia Ribeiro Vieira, o papel mais direto de acompanhar e orientar, no âmbito dos ministérios, fundações e autarquias federais, as medidas para cumprimento da lei.
O chefe da CGU, Jorge Hage, já afirmou em entrevistas considerar que a preparação de Estados e municípios para aplicar a lei é bem mais precária e preocupante.
Vânia reconhece que tudo será inútil se não houver uma "mudança de mentalidade": da "cultura do segredo" para a "cultura da transparência".
Se os pedidos começarem a ser indeferidos de forma indiscriminada, os órgãos serão arrastados a longas discussões judiciais.
"Não se faz da noite para o dia, é uma questão cultural", disse Vânia, para quem o exemplo deve vir de cima. Em vários ministérios, os ministros compareceram às palestras. A CGU diz ter feito "workshops de sensibilização". Segundo o órgão, todos os 38 ministérios estarão prontos para cumprir a lei a partir de quarta-feira.
Algumas manifestações dos órgãos consultados pela Folha permitem prever o que deve ocorrer a partir de quarta. No Executivo federal, até pelo treinamento oferecido pela CGU, espera-se comportamento padronizado. Mas há incógnitas em outros setores.
A Câmara dos Deputados, por exemplo, diz que a partir de quarta seu SIC receberá o cidadão e, "a depender da natureza" da solicitação, o "encaminhará" ao órgão adequado. A lei, contudo, não diz que a tarefa essencial do SIC seja fazer "encaminhamentos", mas sim já protocolar e processar o pedido.
A divulgação ou não de algumas informações consideradas mais sensíveis, como a folha de pagamento detalhada dos servidores, também deverá gerar controvérsia.
Alguns órgãos dizem aguardar decreto da presidente Dilma Rousseff regulamentando os procedimentos, ainda sem data para ocorrer

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